É engraçado como Portugal, um país tão pequenino à beira-mar plantado tem tanta diversidade.
Em termos gastronómicos é impressionante a riqueza e variedade de opções.
Tendo a minha família paterna origens transmontanas, sempre ouvi dizer que a melhor forma de aproveitar a carne é fazendo fumeiro: chouriças, alheiras, farinheiras, morcelas, presuntos... Tantas opções para conservar a carne ao longo dos meses.
A minha família materna sempre viveu no litoral, entre a Ria e o Mar. Uma paisagem deslumbrante mas um clima húmido, húmido. Seria um disparate fazer fumeiro! Não aguentaria!
Por isso quando matavam o porco, por exemplo, conservava-se a carne na salgadeira (quando ainda não haviam arcas) e faziam-se rojões.
E não há rojões como os da minha avó. Com carne de porco criado em casa e muito bem alimentado, com a dose de gordura certa e tão crocantes.
Um dos pratos mais apreciados cá em casa ao qual nunca tinha pedido a receita à minha avó.
Ontem não precisei de pedir. Observei-a a fazê-los.
Ingredientes:
carne de porco (para rojões)
banha de porco
sal
Preparação:
Corte a carne em pequenos pedaços e tempere-a com sal. Tape e reserve pelo menos umas 4 horas.
Coloque a carne numa panela grande e cubra com banha de porco. Deixe cozinhar em lume brando e vá mexendo de 5 em 5 minutos.
Os rojões demoram cerca de 2 horas a ficarem no ponto.
Segundo a minha avó, quando começarem a ganhar cor, aumente a intensidade do lume. Quando a carne estiver dourada e o molho fizer bolhas está pronta.
Sirva com grelos cozidos e broa de milho.
Hummm eu adoro rojões. Mas os da tua avó não levam cominhos? Sempre achei que rojões, para serem rojões tinham de levar cominhos. Adoro estas tuas reportagens.
ResponderEliminarOs da minha avó não levam cominhos. são assim simples. é incrível como é tão simples e tão saboroso! é mesmo da qualidade da carne ;) beijinhos*
EliminarIsso seriam rojões à minhota, com arroz de sarrabulho onde entram os cominhos :)
EliminarQue fixe! Hoje também vou à matança do porco em casa dos meus pais.
ResponderEliminarA minha mãe faz sarrabulho (é o nome do prato, feito com carne de porco, sangue e fígado, temperado com louro, alho, sal e pimentão doce). Os senhores que ajudam na matança, comem aquilo como se não houvesse amanhã :)
Gosto destes teus post. Fico com uma lagrimita, por causa de todas as lembranças..
Beijinhos *
sim! cá chamamos debulho! e depois há as fraldinhas (ou rojões de folho) hehe eu o que leva sangue não gosto hehe
Eliminarbeijinhos***
Sarrabulho????? Eu quero!!!!
EliminarPronto.. estou completamente rendida... a tua avó não quer mais uma neta? ai a banha... :) Adorei!
ResponderEliminarNaida adoro posts destes! :)
ResponderEliminarEste é daqueles petiscos Top! :)
Hummm...adoro rojões!
ResponderEliminarBjs
Fiquei emocionada, as mãos são iguais ás da minha tia que também faz os melhores rojões do mundo, ficam assim lourinhos e tenrinhos . Tão bons
ResponderEliminarPara mim os rojões também levavam cominhos! Mas nao faz mal, rojões vão de qualquer forma, com ou sem cominhos! Gosto muito, lindo post!!
ResponderEliminarTal e qual os rojões da avó do meu marido. Gosto tanto, mas só ficam bem com carde de porco da província, já experimentei fazer cá em casa e a carne por aqui não presta para isso :(
ResponderEliminarNem te conto a saliva que me veio á boca só de imaginar o cheirinho e o sabor desses rojões.Agora fiquei com fome e com vontade de ir a casa da tua avó provar esse deleite.
ResponderEliminarBjoka
Rita
Estou a Marmita, a tua avó não quer mais 2 netas???? É que só com 3 ingredientes a tua avó faz algo maravilhoso. Pronto, é isso. Como já não tenho avó vais ter que me emprestar a tua de vez em quando :D
ResponderEliminarNaida, adorei este post. Nada como uma receita feita pela avó. A minha também os fazia e sim, ainda me lembro dessas arcas de madeira, cheínhas de sal, as salgadeiras, onde se conservava a carne. Rojões e presunto, feitos e salgados pela avó são do best. ;)
ResponderEliminarBeijinho.
Gosto tanto tanto, também tenho no meu blogue :))))as nossas avós do Campo são fantásticas, bjokas
ResponderEliminarOs rojoes da tua avó estão mesmo como o meu filho gosta.
ResponderEliminarbom fim de semana
bj
Não posso mostrar este post ao Alberto senão estou tramada! A avó dele faz uns rojões assim, tal e qual, e ele já escreveu a receita todo tintim por tintim mas a verdade é que eu já fiz e nunca ficam como os dela. Assim, como estes da tua avó!
ResponderEliminarBig Kiss ♥
Simples e tão bom... estas receitas herdadas são sempre as melhores, não fossem os sabores tão ligados às emoções!
ResponderEliminarBeijinhos
Muito bons!
ResponderEliminarhttp://myrestaurant.pt/
Estas receitas são a alma das nossas famílias. Adoro!
ResponderEliminarE super simples mas tão bom (a banha é o segredo, bem sabes, fica bem em tudo hehe).
É uma receita que sempre vais gostar, por estar ligada aos afectos.
Por cá nunca houve matanças de porco, mas adoro rojões.
Um beijinho.
E qualquer dia apareço aí, para um food trip!
Estou a ver que cheguei tarde vai para aqui uma conversa ;))
ResponderEliminarsó 3 ingredientes?! viva a simplicidade!
Adoro rojões, especialmente os de "folhinhos" A minha mãe quando ainda cozinhava, fazia-os de forma idêntica à tua avó! Adorei as mãos dela, são mãos de sabedoria e experiência, que cozinham com muito amor!
ResponderEliminarBeijinhos
Olá Naíde!
ResponderEliminarSão estas partilhas de heranças familiares que ajuda a não perdemos a nossa gastronomia. A tua travessa ficou com uns rojões dourados e apetecíveis. Como me revi nesta foto.
Eu sou da beira alta da zona de lafões, e também foi assim que aprendi com a minha avó, só que eram feitos com pedaços maiores de carne.
Beijinho